Viver bonito é a do camponês Ele trabalha, mas também descansa; Da própria terra é que ele se alimenta, Descansadinho sem haver lambança. Por que o vizinho mais pertinho dele E uma légua, duas vezes ou mais - Pra se falar só se houver doença Ou aos domingos em alguma festa, E é assim que ele leva a vida Na sua lida cheia de esperança. Seu lindo rancho de capim coberto Terreiro limpo cheio de arvoredo A serenata que ele ouve de pé Belos passarinho de manhã bem cedo. Já se acorda cheio de alegria E se levanta com satisfação Prega no grito, levanta a família E se dirige direito ao galpão, A mulher velha conhece seu vício Dá o início no seu chimarrão. Toma um amargo, belisca um salgado Por que sem carne o corpo não agüenta E é preciso andar reforçado Pra dominar as suas ferramentas. Sempre tem uma pra tirar o leite E dar p trato para a criação, Daquele leite se faz o café Faz a manteiga pra passar no pão. E o mais pequeno tem o privilégio De ir ao colégio aprender a lição. Domingo cedo todos se levantam De roupa limpa ele e todo os seus Vão a capela lá no pé da Santa Rezar a missa e rogar a Deus. Isto que é vida bonita e perfeita Séria e direita por obrigação Tanto na planta, como na colheita Como na sua própria religião E os camponeses que disso não demuda Sempre Deus ajuda na sua plantação.