Seu sol se pôs enquanto era dia
Nem esperou as nuvens que se dissipam
Me deixou no frio de uma tarde chuvosa
Tecendo lembrança como toalhas de mesa
Meu violão já se cansou de escrever notas tristes
Que de tão tristes insistem
Que o melancólico do tom existe
E não desiste
Seu olhar acalma a alma
É como disparo de bala
Que vai fundo, corta que nem faca
Mas de forma alguma mata
As lembranças giram como carroceis
Pintando telas como pincéis
Porém quadros que minha mente não queria
Quadros que não fariam falta na vida
Não sei qual essa mania
De escreve rimas que não rimam
Versos sem sentido
Poemas fora do ritmo
Acredito que seja um espelho dos sentidos
Eu sei que a vida é bela
Porém carregamos cicatrizes das lutas a espera
No campo de batalha chamado de terra
Onde sobreviver é a meta
Não há esperança
De fato ela existe, enquanto houver um tolo que acredite
Que o amanhã possa ser melhor do que o hoje, e insiste
Talvez não um tolo
Porém um realista
Que consiga ver a vida por um prisma
Que assim como divide a luz em cores
Consiga nós mostra os detalhes a escondida
De fato o que é realidade?
E se vivemos num Even Garden?
Onde sua realidade é bloqueada por aquilo que não vê
Pra aquilo que não crê, por aquilo que nem é ser
A realidade é algo relativo
Algo quase que indefinido
Pois se em outro universo
Alguém viver a mesma realidade que você
Seria o seu mesmo ser, habitaria dentro do seu imaginário
Como um conto, um caso, real ou imaginário?