Abre-te gaita chorona, num sotaque missioneiro
Me faz lembrar do passado, meus tempos de bochincheiro
Nos bailes da minha Terra, que eu chegava para baila
Ai daquele soro magro, que não deixasse eu entrar
Tapiava o chapéu na testa, tirava o pala pra traz
Entrava com porta e tudo, virado num satanás
E a indiada redemunhava, pelos cantos me bombiando
Tirava a melhor da sala, saía me chacolhando
Dava uns coices e uns búfos, relinchava igual bagual
Ai daquele que pisase, na cola desse animal
E o chinaredo gostava, desse meu jeito entonado
E as beiçudas me arrodiavam, que nem mosca no melado
Sempre gostei do que é bom, quando numa farra eu chego
Sempre gostei do que é bom, quando numa farra eu chego
E a china tem que ser boa, pra deita nos meus pelegos
Se um dia a morte maleva, me pealar numa espera
Quero morrer coa cabeça, virada lá pra minha Terra
Se um dia a morte maleva, me pealar numa espera
Quero morrer coa cabeça , virada lá pra minha Terra
É mais omenos assim, minha terra Santa São Borja!