Tom: C
Introdução:
Cm
Moreninha cor de cúia
Que inspira um verso bonito
G# G7
Prazer de um beijo roubado.
Fm
Sabor de um mate lavado
Cm
Com vício doce da rima...
G7
Cuia de casca morena
Tua essência verde é um poema,
Cm
Feitio de um corpo de china.
Fm Cm
Porongo, flor de morena,
G7 Cm
Parceira do peão solito
Fm Cm
Mateando, bem despacito,
G7 Cm
Na sombra de um cinamomo.
Fm
Desassombrando o abandono
Cm
Da tarde linda e gaviona
G7
Que se vai com o movimento
Do sopro manso do vento
Cm
Que imita o chiar da cambona.
C7 Fm
Chininha, cúia morena,
Bb Eb
Da cor do sol regalito,
G# Aº
Meu verso é um passaro aflito
G7
Que vem pousar na tua sombra.
Bbm C7 Fm
Cada vez que eu beijo a bomba
Bb Eb
Bebo a paz das horas quietas
G# Aº
Que dormem e acordam em teu bojo,
G7
Roncando o mate do apojo
Cm
Da rima de outros poetas.
Cm
Moreninha cor de cúia
Cacimba que eu bebo aflito
G# G7
Sem pátria e sem endereço.
Fm
Beijando a bomba eu me aqueço
Cm
Porque o mate é um lenitivo.
G7
E, enquanto o beijo não cessa,
Eu bebo a sanga e a promessa
Cm
De mais um mate pra o estribo.
Fm Cm
Moreninha cor de cúia
G7 Cm
Que cabe dentro o infinito,
Fm Cm
Com um sentimento esquisito
G7 Cm
Te aperto com as duas mãos,
Fm
Porque o sabor temporão
Cm
Que tens na boca e amargo.
G7
Tua bomba tem os labios quentes
E a china o aroma envolvente
Cm
Desta saudade que eu trago.
C7 Fm
Chininha, cúia morena,
Bb Eb
Da cor do sol regalito,
G# Aº
Meu verso é um passaro aflito
G7
Que vem pousar na tua sombra.
Bbm C7 Fm
Cada vez que eu beijo a bomba
Bb Eb
Bebo a paz das horas quietas
G# Aº
Que dormem e acordam em teu bojo,
G7
Roncando o mate do apojo
Cm
Da rima de outros poetas.