Letra de
No Trono dos Bastos

Já deu de mate ta na hora meu parceiro
Grita o fronteiro quase a guisa de clarim
O campo chama esse atavismo qual cincerro
Uma coplita se desgarra estrada afora
Porfiando a aurora que recém se aclimatou
E a gadaria segue o berro do sinuelo
Quebrando o gelo que esse julho nos mandou
Vai de ponteiro negro Juca que é um esteio
Firme no arreio com seu garbo e seu entono
E na culatra sem preguiça e sem receio
O Dom Ponciano cuida a tropa mais que o dono
e na culatra sem preguiça e sem receio
O Dom Ponciano cuida a tropa mais que o dono
Refrão (2x)
Pingos de lei que não refugam sóis e geadas
Raça gaúcha que não cimbra e que não verga
Tropeiro guapo que ainda insiste em manter vivo
O Rio grande altivo que não morre e não se entrega
Quando a noitinha com a tropa já cansada
Chega a pousada no costado de um capão
Aquela copla que soltou-se desgarrada
Faz sua morada bem no bojo do violão
Então as mãos cheias de calo se desdobram
Pois sempre sobram emoções pra partilhar
e as almas rudes que a saudade não se dobram
Então recobram suas forças pra pelear
Ser um tropeiro é uma benção e um legado
Pra ser honrado neste oficio de campeiro
E se o patrão me permitir ser agraciado
Morro abraçado ao meu destino de tropeiro
E se o patrão me permitir ser agraciado
Morro abraçado ao meu destino de tropeiro
Refrão (2x)