O tal bico de carancho
É freio sujeitador
Não vou dizer que não tenho
Não sou dos mais domador
(Volta e meia me é preciso
Pra um pingo mais pulseador
O tal bico de carancho
É freio sujeitador
Não vou dizer que não tenho
Não sou dos mais domador
(Volta e meia me é preciso
Pra um pingo mais pulseador
É meu parceiro de tempos
Desde guri tenho o jeito
Sempre me tocou o serviço
Nos flete menos sujeito
(Já fiz muito boca seca
“Encostá” o queixo no peito)
É meu parceiro de tempos
Desde guri tenho o jeito
Sempre me tocou o serviço
Nos flete menos sujeito
(Já fiz muito boca seca
“Encostá” o queixo no peito)
Pra esses boca de grota
Que a rédea nunca é serena
Desmancha o braço que agarra
E a boca segue a más penas
(Matungo olhando pro céu
Sentindo quando sofrena)
Pra esses boca de grota
Que a rédea nunca é serena
Desmancha o braço que agarra
E a boca segue a más penas
(Matungo olhando pro céu
Sentindo quando sofrena)
E aos poucos vai calejando
A boca de algum “maroto”
Carrega assim sua sina
Pros que tem baldas de potro
(De ir a golpe apertando
A língua de um pingo e outro)
E aos poucos vai calejando
A boca de algum “maroto”
Carrega assim sua sina
Pros que tem baldas de potro
(De ir a golpe apertando
A língua de um pingo e outro)
E o meu vô já me dizia
E é um dito que não esbanjo
O que é bom já nasce pronto
Já se diz em muito rancho
(Mas quando é ruim se endireita
Na bicada do carancho)
E o meu vô já me dizia
E é um dito que não esbanjo
O que é bom já nasce pronto
Já se diz em muito rancho
(Mas quando é ruim se endireita
Na bicada do carancho)