“Inté" parece que o chão vem se abrindo aos poucos
Quando esses loucos se entropilham na invernada
E vem roncando marcando a casco este pampa
Mostrando estampa, topete e cola aparada.
Zainos, tordilhos, gateados, baios e mouros
Pingos de estouro que se aporrearam por “malos"
Negando o estribo ao índio que joga sorte
De encontro a morte no lombo desses cavalos.
É das baguala esta tropilha que eu canto
E lhes garanto não “hay" eguada mais dura
Um “querosena" da marca de “Dom Reinaldo"
Deixa arrepiada a mais taura das criaturas
Que tem coragem, força na perna e destreza
Sente firmeza quando um sotreta se “atora"
Porque um “veiaco" da “tropilha da floresta"
Enruga a testa do guasca que calça espora.
Introdução
Esta tropilha é conhecida por “veiaca"
Pra “maritacas" e rebenques não se entrega
De ponta a ponta cruza o meu pago sagrado
Com lombo arcado dando coice nas macegas
“eguedo" quebra se entona soprando as ventas
Porque sustenta mil marcas entreveradas
Pois o destino d´um flete que não se amansa
Deixa lembranças numa tropilha aporreada.
Pingos de fama pato preto e chacarera
Mora cruzeira, rebordosa e temporal
São entre outros malevas que escondem o rastro
Em pêlo e basto seja “argentino" ou “oriental".
Por isso aonde o cincerro bater mais forte
E o vento norte assoviar juntos das frestas
Andarão soltos na fumaça do entrevero
Os caborteiros da tropilha da floresta.
Tá aí indiada, logo mandarei a tablatura com solos do violão e gaita, Ok?!
Qualquer dúvida: [email protected]