O segredo dos primeiros homens foi profanado
O cipó de fogo foi violado
Wayana-apalai, wayana-apalai oh, oh, oh
Uma terrível visão de ayari (hei há)
Se concretizará
Em duas luas, guerreiros
Preparam-se para a batalha final
O sol adormece no véu das trevas
O céu é o espelho da escuridão
Anúncio do grande flagelo
Do Deus do trovão
O sol adormece no véu das trevas
O céu é o espelho da escuridão
Anúncio do grande flagelo
Do Deus do trovão
Desperta a ímpia quimera
Avança no meio da selva
Seus passos estrondam a terra
Alastrando o mal
Gritos ecoam na mata
Brota-se o medo na taba
Temido predador, o ataque letal
Da boca sedenta, voraz
Do ventre da fera virá
Talarupé aprisiona a dununawá
O ciclope colossal na escuridão a marchar
Fareja a alma dos bravos para devorar
Sinto o teu passo em minha direção
O teu olhar faz parar coração
Pra onde vou? Pra onde vou?
Suspiro, medo e horror
Sinto o teu passo em minha direção
O teu olhar faz parar coração
Pra onde vou? Pra onde vou?
Suspiro o medo
Mil flechas dispararam em sua direção
Zarabatanas voam na escuridão
Guerreiros que travam a grande batalha mortal
A mortandade se espalha como maldição
Carauará e ayari em sua oblação
Conclamam aos deuses do céu a sua salvação
Lhes concedem a lança imponente
Disparam na talarupé (a serpente)
Karamanaé dá um rugido, um arquejo final
Houve festa na aldeia
Abateram a terrível grande besta
Tem lua lá no céu pra iluminar
Tamurá, maracá a ressoar
Tambores da vitória a eternizar
A vida renasce trazendo a paz
Houve festa na aldeia
Abateram a terrível grande besta
Tem lua lá no céu pra iluminar
Tamurá, maracá a ressoar
Tambores da vitória a eternizar
A vida renasce na Wayana-Apalai
Wayana-apalai