Eu ando, rodo, rodo, faço que vou e não vou
Estou longe que só a gota, lá de Pereiro
Tô por aqui guajarinando à toa
Cruzo na rua com um magote de pessoas
É gente muita, mas não tem ninguém nem pra dizer alô
É um povo cheio de nove horas
Eu fico olhando, doido pra ir-me embora
Eu ando, rodo, rodo, faço que vou e não vou
Mas meus olhos espiam em riba, lá no céu, um disco avoador
Eu sonho e o mundo inteiro passa por mim
Passa e nem dar fé que eu tô aqui
Uns cabas puxam prosa com um soldado
Eu fico vendo e sei que vai dar problema
O povo aqui não sabe o que se passa lá em Diadema
Mas a polícia aqui é diferente,
Desde o soldado até o tenente
Eu sonho e o mundo inteiro gira e eu acho é bom
Mas meus olhos espiam em riba, lá no céu, um disco avoador
Não pude, não posso, não vou saber quem é ruim
Presentemente eu não respondo nem por mim
Seja verde, seja azul ou cinzento
Bom mesmo é o caba não ser ciumento
Mas o que eu tô querendo agora mesmo é dizer )Ô)
Mas meus olhos espiam em riba, lá no céu, um disco avoador