Letra de
Velho Odécio

Vastas melenas com matizes de geada
Um riso franco iluminando a velha estampa
Olhar arisco a rasgar os horizontes
Era por si a dimensão do próprio pampa
Alma terrunha por inteiro aquele homem
Ao próprio chão sempre viveu aquerenciado
No dia-a-dia entre vergas e rodeios
Faltavam tauras pra pelear no seu costado
Deste ar e campo o guapo tudo sabia
Arado e foice ou na lida de campeiro
Foi peão de tropa no estirão dos corredores
Era ginete, alambrador e foi guasqueiro
Deste ar e campo o guapo tudo sabia
Arado e foice, ou na lida de campeiro
Foi peão de tropa no estirão dos corredores
Era ginete, alambrador e foi guasqueiro
Um dia a vida ficou no seio do laço
Chegando a morte com a fúria de um pé de vento
Deixando léguas de saudade junto ao rancho
E nova estrela a brilhar no firmamento
Só restam hoje no painel das relembranças
O velho zaino junto as casas já no fim
E os conselhos que ele dava ao piazito
Que ainda teima em viver dentro de mim
Era ginete, alambrador e foi guasqueiro