Seu dotô me dê licença
Pra minha história eu contá
Se hoje estou em terra estranha
E é bem triste o meu pená
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bão
Gostava de campiá e todo dia aboiava
Na portera do currá
(refrão)
Eh eh há eh eh há
Eh eh eh eh vaca estrela
Oh oh oh oh boi fubá
Eu sô fio do nordeste
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá prá cá
Lá eu tinha meu gadinho
Num é bão nem maginá
Minha bela vaca estrela
E o meu lindo boi fubá
Quando era de tardinha
Eu começava aboiá
(repete refrão)
Aquela seca medonha
Fez tudo se trapaiá
Não nasceu capim no campo
Pra o gado sustentá
O sertão esturricou
Fez o açude secá
Morreu minha vaca estrela
Se acabou o boi fubá
Perdi tudo o que eu tinha
Nunca mais pude aboiá
(refrão)
E hoje nas terras do sul
Longe do torrão natá
Quando vejo em frente
Uma boiada passá
As águas corre dos óio
Começo logo a chorá
Me lembro do boi fubá
Com sodade do nordeste
Dá vontade de aboiá
(refrão)