Você diz que não me reconhece
Que não sou o mesmo de ontem
E que tudo o que eu faço e falo
Não te satisfaz
Mas não percebe
Que quando eu mudo é porque
Estou vivendo cada segundo
E você como se fosse uma eternidade a mais
Sou um móbile solto no furacão
Qualquer calmaria me dá solidão
Na última vez que troquei meu nome
Por um outro nome que não lembro mais
Tinha certeza: ninguém poderia me encontrar.
Mas, que ironia
Minha própria vida
Me trouxe de volta ao ponto de partida
Como se eu nunca tivesse saído de lá
Sou um móbile solto no furacão
Qualquer calmaria me dá solidão
Quando a âncora do meu navio
Encosta no fundo, no chão
Imediatamente se acende o pavio
E detona-se minha explosão
Que me ativa, me lança pra longe
Pra outros lugares, pra novos presentes
Ninguém me sente
Somente eu posso saber o que me faz feliz.
Sou um móbile solto no furacão
Qualquer calmaria me dá solidão