Letra de
Trovoada

Sim, a fumaça daqui é bem ver
O galo cantou, assoprou zona norte
O frio que rege o cantar na neblina
A luz, Benedito, quem deu foi rainha
Madeira que queima e consome tudo consigo
Nossa realidade não faz mais, é desespero
O tempo não se entende o tempo não se faz
O que faz dinheiro é o ser humano e muita gente
Exploração contínua, muito tempo atrás
A escravidão, a trovoada já passou
A escravidão, trovão de ferro, já passou
Sim, a fumaça daqui é bem ver
O galo cantou, assoprou zona norte
O frio que rege o cantar na neblina
A luz, Benedito, quem deu foi rainha
Terra verde, terra santa santa serra, serra verde
Na umbanda, circulando a gira de Xangô
O pai da vida é o pai da terra à construção, a água é benta
A solidão conserva o amor que em mim restou
Se a cachoeira não é mais lugar de morte
Se a sorte favorece o preto da umbanda
Se a facada é forte a ponto de rasgar a carne
O ensimesmamento é um lugar bem perigoso
Sim, a fumaça daqui é bem ver
O galo cantou, assoprou zona norte
O frio que rege o cantar na neblina
A luz, Benedito, quem deu foi rainha