Letra de
Teremos No Final o Doce Que Merecemos Ou o Amargo Que Criamos?

Pra quê haver um céu, pra quê haver um mar?
Se não posso bater asas nem pro fundo mergulhar?
Pra que a Lua lá e eu tão sozinho aqui?
Pra quê estrelas no alto se a correntes me prendi?
O Diabo é criança emburrada
Trancada fundo dentro de você
Você mais criança ainda, nunca pôde perceber
Você criou as janelas,
Você que criou as portas daonde trancou
Tal criança insolente (que também você criou)
Sim senhor, dona senhora, sim doutores, Dona Lei
Lei maior é a lei divina que a nada discrimina
Sem “dois pesos, duas medidas"
Balança e a tudo analisa
Pro cabra poder saber
Do bem que não se fez, do mal que se espalhou
Você soma e calcula tudo
Você chora e reclama tudo
Teremos no fim o doce que merecemos
Ou o amargo que criamos?
Sou um dos brotos do destino,
O apressado!
Sou o que quer correr
Sem sequer engatinhar
Sou um dos brotos do destino
E Aliás, Destino é a sorte?
De viver bem,
Ou o azar de mal viver?
Qual é qual dos lados da moeda?
Qual dos dois poderei escolher?
Somos antenas divinas ou anjos salvadores
Pois, se o bem é bom e o mal sempre é ruim,
Cadê meus salvadores pra mim?
Terei de me salvar sozinho no fim?
Teremos?
Acho que sim!