Cada vez que lembro chego a estremecer Todo aquele esforço para adormecer Quando a minha porta começou a ranger Tinham me avisado que ia acontecer Pus os cobertores para me esconder E eu nem respirava pra não me mexer Entram seres finos e compridos, parecidos E eu ali todo encolhido E com medo de morrer São taquaras, são taquaras Quatrocentas mil taquaras Só tem tronco não tem cara Cada vez que lembro tento me benzer Passam pelos quartos ao escurecer Nunca a gente sabe o que elas vão fazer Cada vez que lembro chego a estremecer Nunca a gente sabe o que elas vão fazer