Eu existo pro seu sorriso
Tão no esquadro, tão de improviso
É por isso que escondo em mim calor
Ninguém supõe o infer- no!
Eu desenho os seus dentes brancos
(Acho que o mundo inteiro nota!)
Que anedota soltou o contador?
Que tropeção te fez sorrir?
Seu riso é só isso: um sorriso
E é tanto! É do mundo e é meu ar!
Suponha ter mais: as maçãs; lábios: dentro
Suponha ter o paladar!
Se o tédio talvez me encarasse
Diria eu com a boca a babar
Se um riso povoa
Se um riso me habita
Quem dera te ouvir gargalhar!