A casa noturna, se mantém a noite em clima de festa.
De longe se ouve, vários instrumentos de cordas e metais.
Boêmios bebendo, cantando e dançando ao som da orquestra,
Um som estridente, que lhe deu o nome de som de cristal.
A casa noturna, boate falada, lugar de má fama
Com as portas abertas, durante a noite, entra quem quiser
Porém esta noite, sem que eu esperasse, entrou uma dama
Fiquei abismado, porque se tratava da minha mulher.
Ela se cansou de dormir sozinha esperando por mim,
E nessa noite resolveu dar fim,
Na sua longa e maldita espera
Ela não quis mais, levar a vida de mulher honrada,
Se na verdade não adiantou nada
ser mulher direita conforme ela era.
Ela decidiu abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas
Que fazem ponto naquele local.
A minha vida, muito mais errante agora continua
Transformei esposa em mulher da rua
Amais nova dama do som de cristal.
(Repete intr.)