Quilombo vem, com a singeleza de um maracatu
Cheiroso como um lote de caju, delicioso feito um mungunzá
Vem exaltar, render tributo ao quilombola pioneiro
Gênio do pensamento afro-brasileiro, filho dileto de oxalá
Que fez soar, o tambor dos oprimidos
Esses valores esquecidos: negritude e liberdade
Poeta negro, em todas negras aquarelas
Cantor de páginas tão belas, a benção Solano Trindade
Recife, nas velhas guerras de libertação, no ano, dos 20 anos da abolição
Nascia, esse gigante das idéias, que o rio e a paulicéia consa grariam
Neto de negra que lutou, na revolta dos malês
Igual a coro de tambor, quanto mais quente mais tocou
Quanto mais velho mais zoada fez (por isso agora)
Por isso agora que o poeta está dormindo
Sonhando com um dia lindo, que certamente vai raiar, raiar
Quilombo vem, com a singeleza de um maracatu
Cheiroso como um lote de caju, o Velho Solano homenagear
Laia laia, laia laia laia laia laia, laia laia laia laia laia
A benção Solano Trindade