De que me adianta viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar
Adeus Paulistinha do meu coração, lá pro meu sertão eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada, fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão, cortando estradão saio a galopar
Eu vou escutando o gado berrando, o sabiá cantando no jequitibá
Pra minha mãezinha já telegrafei, e já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida, pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando, o anhanbú piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas, a relva molhada deste anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali, foi lá que nasci, lá quero morrer
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você
Meu coração ta pisado, como a flor que murcha e cai
Pisado pelo desprezo, do amor quando desfaz
Deixando a triste lembrança, adeus para nunca mais
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você
Eu tenho meu canarinho, que canta quando me vê
Eu canto por ter tristeza, canário por padecer
De saudade da floresta, eu saudade de você
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer, é triste a saudade longe de você