Erê, essa mata é sua, é sua
Erê, vem provar doce mel, doce mel
Waranã da tijuca
Vem brincar no Borel (Erê)
Alto céu
De Tupana e Yurupari
Duas forças que vão fluir
A energia de Monã
Que equilibra o bem e o mal
Um lugar onde as pedras podiam falar
Onde irmãos desfrutavam
A beleza singular
Anhyã, bela e habilidosa
Mas a cobra ardilosa usa a flor pra lhe tocar
E nasce Kahu’ê o Curumim
De olhos alegres sempre assim
Presença tão breve
A ingenuidade sucumbe à maldade
Renasce Kahu’ê o Curumim
Seus olhos alegres não têm fim
Pois o bem é maior, vai reexistir
Vida ligeira, passageira
Plantada no solo da pura emoção
De pele vermelha, os frutos de uma nação
Vida inocente, vira semente
E ao som de uma ave a cantar
Floresce imponente o povo do guaraná
E se a cobiça e o fogo chegarem na aldeia
Deixa a força Mawé ressurgir
E sorrir quando o Sol reluzir
Nesse dia eles vão temer
E o amor vai vencer (Erê)