Nem de tanto pensar,
Eu consegui mudar o tom
De tudo o que já tinha cor
Não decorei hiatos pobres
Servidos em copos frágeis.
Cristais e vidros tão comuns
Sente-se e sinta-se como eu
Na sintaxe dessa viagem
Sinta-se e sente-se como eu
Na viagem dessa viagem.
São estradas tão pesadas
Por entre mãos tão leves
E, naturalmente, ousadas
Nem de tanto cantar
Eu pude alterar escalas
De tudo o que já tinha tom.
Sente-se e sinta-se como eu
Na sintaxe dessa viagem
Sinta-se e sente-se como eu
Na viagem dessa viagem.
E viajei por aí, sem querer onde chegar,
Prá não cair, na tentação de não chegar
Então me sobra algum sinal
Nada além de neblina
E flores do mal
Flores do mal
Flores do mal
Flores do mal
Flores do mal.