Na instância do momento zero,
Sombra, cobra, obra nada quero.
Para o olho imerso um rasgo vai.
Esta nesga súbita que eu vi.
Este segredo que nunca está
Este terremoto que entre ouvi
São alento e fôlego do ar.
Ressurge, pedras do abismo dor,
Reabre o séqüito de fagulhas.
Silêncio níveo neva em mim.
Vai-se o inútil salmo, o inútil amor.
Em cada começo o fio e a agulha.
Em cada sim um nome só, fim.