Letra de
Rio da Prata

Calcários lhe dão gosto e limpidez
Calhaus, em si, não vão rolar
(Vão crescendo!)
Tiribas voam sobre o leito azul
Cafofo borbulhento do jaú
Os peixes deixam um rastro de pitanga, a cor
Que fisga os olhos do mergulhador
Flores carmesins, tufas, lagostins
Ornam o seu calmo escoar
Joia de Jardim, águas correm em mim
Rio da Prata: o ouro do lugar
Não cabe à justiça interpretar
Seu jeito próprio de nascer
(Bem difuso!)
A prata que reluz ao bacharel
No subsolo cumpre outro papel
Não pode a ganância exterminar
O rio que é vida e guarda o luar
Lama no jardim Drenos no capim
O veneno oculto a se espalhar (ai, ai, ai)
Ao fim do festim dó terei de mim
Quando mais um rio se acabar
Quando mais um rio se acabar