Cama arruma a cama arruma a cama
Cama arruma a cama arruma a cama
Cana apanha a cana apanha a cana
Cana apanha a cana apanha a cana
Trama arruma a trama arruma a trama
O menino cresceu entre a ronda e a cana
Correndo nos becos que nem ratazana
- irmãos, irmãs, irmãozinhos, por que me abandonaram?
Por que nos abandonamos em cada cruz?
A minha morte é só uma: Ganga, lumumba, lorca, Jesus
Grampearam o menino do corpo fechado
Nas escadas da Penha
Penou no cotoco de vela
Chamou o seu anjo-de-guarda
Guardou o remorso num canto
Tá lá o valete no meio das cartas
No jogo dos búzios, tá lá
No risco da pemba, no giro da pomba,
No som do atabaque, tá lá
E tá no cigarro, no copo de cana
Na roda de samba, tá lá
Nos olhos da nega, na faca do crime
No caco do espelho, no gol do seu time
Tá lá o amigo de ala