Caminhei como caminharia qualquer um que viva nessa confusão Esbarrei naquele que dormia, enquanto a mãe fazia a cama pelo chão Não olhei pra aquele que corria, sangrando e gritando: "Pega esse ladrão!" Nem parei pro velho que morria, pedindo minha mão Me sentei como quem sentaria, pensando na vida, será que é em vão E chorei por tudo que havia, tantas alegrias, risos sem razão Me afastei de tudo que era belo, com medo de ficar só, com a solidão E acabou ficando sem saída o meu coração Vou fazer uma viagem, quero saber na verdade tudo o que não sei Aprender que ter uma amizade e não se ter coragem de ferir alguém Vou levar de volta pra cidade uma felicidade que não tem mais fim E acabar de vez com essa vaidade, que não tem piedade do que faz em mim Vou voltar a ser o que era antes, alguém que só cante por simples prazer E pedir a DEUS que me acompanhe, e toda vez que ande por aí Que eu ame