Brota meu verso e vem sonhar junto comigo
Vamos cantar o que faz bem pro coração
Ternas visões das roupas brancas estendidas
Que ornavam vidas encantadas de verão
Canta uma sanga que adoçava nossa alma
Onde um guri buscava alento para brincar
Polindo a infância nas pedras das corredeiras
Que a mãe campeira não perdia do olhar
Que a mãe campeira não perdia do olhar
Vem para o peito junto a luz destas imagens
Cantar visagens de aguapés todos em flor,
Entre meus sonhos que hoje buscam liberdade
E uma saudade pra estender num quarador
Chega meu verso pra louvar fundo de campo
Feito acalanto e mesma voz das lavadeiras
Vamos cantar a quem quarou vestes e mágoas
Secando as águas da nossa gente campeira
Secando as águas da nossa gente campeira
Cantar pra o tempo onde um guri cruzou feliz
Com lambaris mordendo as iscas de sabão
Roupa estendida entre espinilhos nas barrancas
E essas lembranças que afloram no coração
E essas lembranças que afloram no coração