Eu, filho do carbono e do amoníaco
Monstro de escuridão e rutilância
Sofro, desde a epigénesis da infância
A influência má dos signos do zodíaco
Profundissimamente hipocondríaco
Este ambiente me causa repugnância
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco
Já o verme este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra
Anda a espreitar meus olhos para roê-los
E há de deixar-me apenas os cabelos
Na frialdade inorgânica da terra!
Na frialdade inorgânica da terra!
Na frialdade inorgânica da terra!