Eu a vejo todo dia
Quando o sol mal principia
A cidade a iluminar.
Eu venho da boemia
E ela vai, quanta ironia,
Para a escola trabalhar.
Louco de amor no seu rastro,
Vagalume atrás de um astro,
Atrás dela eu tomo o trem
E no trem das professoras,
Entre outras tão sedutoras,
Eu não vejo mais ninguém.
Êta, operária divina,
Que lá no subúrbio ensina
As criancinhas a ler,
Naturalmente condena,
Na sua vida serena,
O meu modo de viver.
Condena por que não sabe
Que toda culpa lhe cabe
De eu viver ao deus dará.
Menino querendo ser,
Para com ela aprender
Novamente o beabá.
{Solo sobre os 2 tercetos iniciais}
Louco de amor no seu rastro,
Vagalume atrás de um astro,
Atrás dela eu tomo o trem
E no trem das professoras,
Entre outras tão sedutoras,
Eu não vejo mais ninguém.
Enviada por Roberto Crescioni