Ó mar salgado eu sou só mais uma
das que aqui choram e te salgam a espuma.
Ó mar das trevas que somes galés
meu pranto intenso engrossa as marés.
Ó mar da india lá nos teus confins
de chorar tanto tenho dores nos rins.
Choro nesta areia salina será
choro toda a noite séco de manha.
Ai ó mar Roxo ó mar abafadiço
poupa o meu homem não lhe dês sumiço.
Que sol é o teu nesses céus vermelhos
que eles partem novos e retornam velhos.
Ó mar da calma ninho do tufão
que é do meu amor seis anos já lá vão.
Não sei o que os chama aos teus nevoerios
será fortuna ou bichos-carpiteiros.
Ó mar da China Samatra e Ceilão
não sei que faça sou viuva ou não.
Não sei se case notícias não há
será que é morto ou se amigou por lá
Espero que gostem do meu contributo.