A pele sem o viço vai se esvaindo
Vai devagarinho findando, caindo
Cordélia rega flores pra não perder o vício
E ser a mesma moça a mesma do início
A pele não dá tempo pra entender a vida
Pra estender o gozo curar a ferida
Cordélia cria filhos até repoe um dente
Escreve no diário cura a mente
A pele perde tempo um pouco a cada dia
Coloca uma marca onde não havia
Cordélia infla o peito com cremes e vacinas
Carrega a mulher e também a menina
Cordélia ainda insiste no mesmo amor no jogo
Na pele, na mente, no teu fogo