Deixei o meu sertão pela cidade,
tudo era novidade quando eu cheguei aqui
Hoje vivo nesta selva de cimento
Entre muito sofrimento, poluição e desamor.
A injustiça me inquieta, me angustia
Sem trabalho e moradia por aqui o que se vê.
É nas ruas menores abandonados,
Tantos jovens torturados pela droga e pela dor.
Eu ainda sonho ver o mundo diferente
E sem desanimar eu sigo firme e sempre em frente
E sei que a juventude tem no peito uma esperança,
Que grita, busca e sonha com a paz e não se cansa.
Mais do que sonhar vamos unir as nossas mãos
E lutar pela justiça, pela vida e pelo pão.
O nosso pão, nós vamos conquistar
E com amor nós vamos partilhar
E nova terra, nós vamos ver nascer,
Onde haja paz e corra leite e mel.
Tem hora que me bate uma saudade,
Uma inquietude uma vontade de voltar pro meu sertão,
De rever a minha gente tão sofrida,
Batalhando pela vida e respirando o mesmo ar.
É triste saber que a realidade
Traz à tona crueldade
Da ganância e do poder,
Vem meu povo sem ter pão e sem ter terra
Massacrado pela guerra dos que querem tudo ter
Eu ainda sonho ver o mundo diferente
E sem desanimar eu sigo firme e sempre em frente
E sei que a juventude tem no peito uma esperança,
Que grita, busca e sonha com a paz e não se cansa.
Mais do que sonhar vamos unir as nossas mãos
E lutar pela justiça, pela vida e pelo pão.
O nosso pão, nós vamos conquistar
E com amor nós vamos partilhar
E nova terra, nós vamos ver nascer,
Onde haja paz e corra leite e mel.