Seguindo a vida
Pelas calçadas
Marcando em cada passo
A tristeza
De quem vive esperando
O dia de esquecer
Os lamentos murmurados
Pela noite
Como um Guardião
Vagando nas sombras
O tempo atrasa a hora
De voltar
Queria tanto segurar sua mão
Abrir as asas e voar
Para longe
Homens doloridos
Buscam rostos conhecidos
Apagados nas lembranças
Do passado
Uma estranha melodia
Se canta nos bares
A sereia convida
Pra dançar
Pela noite, barcos silentes
Navegam dentro da névoa
Na vastidão das trevas
Distantes
Dizem as hostes celestiais
Você está no lugar errado
Volte depressa pra casa
Meu amigo
Não perca mais seu tempo
Na rua da desolação
Avisa o corvo
Nunca mais
Em cada canto
Deixo um canto em segredo
Sinto a vida caminhar
Sem pressa
De encontro aos meus medos
Sem escrever um verso
Antes que chegue
O esquecimento
A dama de preto
Sussurra em meu ouvido
Doces palavras de amor
Sinceras
Me envolve em um abraço
Aperta meu coração
Promete voltar
Em breve
Pela noite, barcos silentes
Navegam dentro da névoa
Na vastidão das trevas
Distantes
Na vastidão das trevas
Distantes