Foi as quatro horas da manhã
Meu cachorro de guarda latiu
Levantei para ver o que era
E vesti meu casaco de frio
Então vi que chegou um mensageiro
Amuntado num burro turtil
Apiou e me disse bom dia
E o bolso da barganda ele abriu
Uma carta o rapaz me entregou
E de novo amuntou e na estrada sumiu
Dei a carta pro meu irmão ler
Ele leu e me olhando sorriu
É convite pra nóis ir na festa.
vai haver um grande desafio
O meu pai já correu no vizinho
Foi chamar o vovô e o titio
Nóis cheguamo à culár de contente
Lá em casa ninguém mais dormiu
Pra quebrar aqueles campeonato
Nem com sindicato ninguém conseguiu
Violeiros que mandam convite
Moram lá do outro lado do rio
Eles pensa que nóis num vai lá
Mais nóis semo caboco de bril
A peteca aqui do nosso lado
Por enquanto no chão não caiu
Quando nóis cheguemo no catira
Os mais fraco na hora assumiu
Só cantemo moda de campeão
E os tar que era bão nem se quer reagiu
Perguntei para o dono da festa
Onde foi que o senhor conseguiu
Esses tar violeiro famoso
Que as moda de nóis engoliu
O festeiro ficou pensativo
E mordeu no cigarro e cospiu
Oceis são dois caboco batuta.
quem falou poder crer não mentiu
Teve algum canta esprementou
Mais o peito faiô e voiz não saiu
As viola nóis faiz de encomenda
Nossa peito é tratado e sadiu
Já cantemo três noite seguida
E as moda nóis não repetiu
Quem repete é relógio de igreja
E o triste cantar do Tisíl
E agora com esta vitória
Inda mais nossa fama subiu
E vocês num deve descutir
Se vie mos aqui foi vocês quem pediu