Todo cantadô errante trais nos peito ua marzela nas alma lua minguante
istrada e som de cancela
fonte ficô distante qui matava a sêde dela
e o coração mais discrente dos amô da catinguêra
Ai o amô é ua serepente esse bicho morde a gente
vamo pois cantá parcela daindá, daindá, daindá
Eu sô cantadô de côco eu num canto parcela
parcela é feiticêra eu corro as légua dela
ai, ai, ai, ai,
chegano num lugá adonde têja ela eu vô me adisculpano
e dano nas canela daindá, daindá, daindá,
cunhici um cantadô distimido e valente
qui mangava do amô e zombava a fé dos crentes
mais um dia ele topô nos batente dua jinela com o bicho do amô
mucama pomba e donzela
e o cantadô aos pôco foi se paxonano pru ela
inté qui um dia ficô lôco de tanto cantá parcela
e hoje véve pela istrada rismungano qui a culpada
foi a mucama da jinela daindá, daindá, daindá.
eu sô cantadô de côco apois quem canta parcela
corre um risco São Francisco morre doido cantano ela
daindá, daindá, daindá