Um dia, o profeta Habacuque,
Sobre Sigionote orou;
Pois ouviu a voz do Deus vivo,
E houve nele temor.
Aviva, ó Deus, Tua obra,
No meio dos anos has de notificar.
Na ira, lembra da misericórdia, o povo irá clamar.
Deus veio de Temã, e o Santo do monte de Parã.
A Sua glória cobriu os céus, e o Seu Louvor se espalhou pela terra.
Resplandecia, o Senhor, como a luz;
Das Suas mãos saiam raios brilhantes,
A Sua força se escondia ali,
Para provar o quanto nosso Deus é grande.
Adiante de dele ia a peste,
E raios de fogo sob Seus Santos Pés.
Grandioso é o Deus que servimos,
Que nos ouve como ouvia a Mo isés.
Parou, e mediu a terra;
Olhou, e separou as nações;
Montes perpétuos foram esmiuçados;
Os outeiros precisaram se encurvar: o andar eterno é seu.
Habacuque viu Cusã em aflição;
E as cortinas em Midiã tremiam;
Perguntaram a Deus: Por que te iras?
Contra quem é este Teu furor?
Tudo tremeu diante de Ti, ó Deus,
O sol e a lua tiveram que parar;
Andaram à luz das Tuas flechas,
Ao resplendor da Tua lança.
Indignado, marchou pela terra,
Também com ira trilhaste as nações.
Vieste para salvar o teu povo
Das grandes tribulações.
Feristes a casa do ímpio,
Destruístes todos os seus guerreiros;
Desejavam, eles, me espalhar,
Vinham, alegremente, para nos devorar.
Mas Tu marchaste pelo mar,
Com os Teus cavalos que são cheios de força.
Ouvindo o ímpio, meu ventre se comoveu,
À sua voz tremeram meu lábios.
Entrou a podridão nos meus ossos,
Estremeci, Senhor, dentro de mim;
Descanse eu no dia da angústia
Quando o Senhor vier sobre os inimigos.
Porquanto, ainda que a figueira não floresça,
E eu não venha encontrar fruto na vide,
Eu sempre me_alegrarei no Senhor,
Pois foi Ele quem me resgatou.
Mesmo que a oliveira não produza,
E, nos campos, eu não ache mantimento,
Mesmo que esteja vazio o meu curral,
Eu me alegrarei em Ti, Senhor.