O Rio ressuscita você, se com ele você passar.
Se dentro da guerra se viu você a corrente enfrentar.
E quem está dentro do Rio e cada vez mais quer o mar
Do mar só avista, ao longe, os dois irmãos.
Cadê o caldeirão, irmão, cadê o bandido que há?
Devoto de São Sebastião e vinte nomes pra arquivar.
Você que está fora do Rio e pensa que a salvo está
Não a vê a menina linda ali no mar.
Do maracanã à praia. Governador- que não me traias
Eu quero rir.
Entre as pernas e as saias. Sobre milagres e migalhas
O Rio vir.
O Rio se apresenta a você, como se quisesse estancar
No fundo do Rio também vê um tiro perdido soar.
Você que se arma nos brios, aos braços de nosso senhor
Enxerga o bandido e cega o arpoador.
O Rio é pra sempre o lugar, lugar da perdida da fé
E Copacabana será a orla pra se andar a pé.
Você que chora pelo Rio, vai logo bem se aventurar
O Rio é o aclamado deus que humano se viu.