Corro pela noite, a lua cheia a brilhar, procurando por confusão
Mãos suando, sangue ardendo, gás mostarda no coração
Foi quando encontrei aquela estátua divina, bem no meio da multidão
Boca em chamas, provocante, ela fez tremer o meu chão
No centro do vulcão, no olho desse furacão, eu fui nadar
E agora não sei mais a forma como escapar do teu olhar
Não podia adivinhar que num sonho eu ia entrar
E agora vou sofrer, não queria acordar. Quero sonhar!
Hoje já não durmo, não consigo comer, não consigo nem trabalhar
Olho as horas, viro a noite, sento e espero o tempo passar
E no fim eu encontrei o que eu procurava, vendo aquela lua brilhar
Mãos suando, sangue ardendo, e o coração a pulsar
No centro do vulcão, no olho desse furacão, eu fui morar
E agora eu encontrei o meu lugar, a minha paz. A minha paz!