De onde vem chuva
Nada vezes nada pra comer
De onde vem chuva
Os olhos cercados se esquecem de sonhar
Homem de barro
Retrato sofrimento de uma vida inteira
Trabalho escravo
Criança sem futuro vontade de morrer
De onde vem chuva
Nada vezes nada pra comer
De onde vem chuva
Os olhos cercados se esquecem de sonhar
Homem de barro
Retrato sofrimento de uma vida inteira
Trabalho escravo
Criança sem futuro vontade de morrer
Morte e lida Severina
Na enxada com dez filhos e um buraco na barriga
Morte e lida Severina
Na enxada com dez filhos e um buraco na barriga
O sol é o Deus do sertão
O sol é o Deus do sertão
O sol
De onde vem chuva
Nada vezes nada pra comer
De onde vem chuva
Os olhos cercados se esquecem de sonhar
Quem dera ver crescer um pé de água
Onde se joga sementes de ilusão
O que se colhe são litros de coca-cola
Flagelados ao suor do sertão
Homem de barro
Retrato sofrimento de uma vida inteira
Trabalho escravo
Criança sem futuro vontade de morrer
O sol é o Deus do sertão
O sol é o Deus do sertão
O sol
O sol é o deus do sertão
O sol é o deus do sertão
O sol, o sol, o sol, o sol