Ele jura essa fé estranha na pura solidez das aparências
Ele reza pra suas tabelas nos garantirem o dia de amanhã
"O homem que calculava ”
Ele leva sua calculadora junto ao seu coração como um amuleto
Ele olha e ri do infinito, frente à verdade do que é certo e concreto
"Quem perde ou quem ganha?”
"Quem acerta ou apanha?”
E se o lado que escolho, perder
Ficarei eu perdido: "o que fazer?”
Se não tenho escolhas
Ver meus dedos em bolhas
De tanto procurar o botão certo
E tanto calcular pra ver quem sou
"O homem que calculava ”
"O homem que calculava ”
Um, dois, três: "o que será de vocês?"
Ele crê ver átomos em tudo, ele crê que não há nada além
Ele prega a devoção aos fatos e vê a vida como um problema exato
Ele crê em relações perfeitas, mas nunca sobra tempo para comprovar
Que o incerto, então, será vencido e a verdade vai deixar-se apanhar.