Letra de
O Canto da Cigarra

Por baixo do barro um dia quiçá vaso
Porventura insetas hão de povoar
As vizinhas minhocas procurando rumos tortos
Ocos de respostas pra se perguntar
Por onde a chuva passa e as cobras cegas
Os sonhos extravasam e a terra rega
Cigarra roufenha em canto inacabado
Poros da superfície vai sobrevoar
Ecos escuros Horizontes segredados
Buracos abertos Pra ela cantar
Chuva lava Lavaaaa de vulcão
Chuva encharca a terra
Ampara estruturas de raízes profundas
Dum mesmo chão movediço
Dá lugar para as que se arrastam feito pragas
Invadindo paisagens Frios quentes secos e molhados
A mesma terra sufoca Proteção que se quebra na seca
O calor aquece em brasa Vapor vento na asa
Mas quando a chuva vem e bate no corpo
O sentido vai além Um grito pra sentir a vida Aaaaaaaaaaaa