Eu ando caminhando por aí
Procurando uma região sem dono
Local do qual me sinta proprietário
Usuário do que dele eu extrair
Tomaram palmo a palmo quase tudo
Absurdo, eu não consigo acreditar
Conquistarei um dia o meu lugar?
Preciso tanto recomeçar
Onde eu piso, dizem "isso não é seu" (não é seu)
Tanta coisa boa eu deixo de fazer (de fazer)
Quantos outros caminhantes como eu
Sonham tanto um paraíso prá viver
Eu vi milhões de arames grossos e farpados
Já cansado, sobre a areia então chorei
Ali, gigantes blocos de concreto
Com seus tetos sobrepostos levantei
O Sol rachou meu violão de lado
Mas sou calado, não costumo me grilar
Até o Céu se encontra dividido
Seus antigos astros buscam seu lugar
E onde eu piso, dizem "isso não é seu" (não é seu)
Tanta coisa boa eu deixo de fazer (de fazer)
Grande parte de caminhantes já morreu
Sem o nosso pobre mundo compreender
Repete último trecho