Tempo, tempo, quanto te desejo
Te perco, te ganho, tento te parar
Se controlo, te levo no colo
Senão te insulto, vivo a te culpar
Me iluda, por mais absurda
A verdade nem sempre
Me pode agradar
Nem eu pretendo desvendar
Vou lá
Pra quem não vive, o tempo voa
Não há
Um paraíso
Sem pessoas
Se te espanto com meu desencanto
Não estou sozinho nesse meu penar
E me invades com tantas verdades
Não tenho motivos pra me esquivar
Mas, te imploro, pois, se ignoro
Talvez aprecie novo despertar
Mas, não me impeça de chegar!
Vou lá
Por que não estou aqui atoa
Não há
Um paraíso sem pessoas
Nada pode me parar, mal consigo esperar
Eu só ouço os meu pensamentos
E olho atento, onde vou chegar?
Eu não sei o que me espera
Na próxima curva, o abismo ou a cura? (Eu não sei )
Descobrir a beleza na minha incerteza
É um atalho pra minha loucura.