Andar pelo mundo
Enquanto ele couber
Nas minhas pegadas
Estender a lua
De prata a quarar
Em relva de estrelas
Despetalar o tempo
Que semeia o vento
Em sua cavalgada
Com rédea ligeira
Pelos campos nuestros
Pra usted, maestro
Vida - flor ribeira
Morte alcoviteira
A tecer o engenho
Da canção Nonada
Pousar o infinito
Enquanto ele houver
Em minhas estradas
Forjar a alvorada
Encobrir o horizonte
Em vã madrugada
Adentrar o abismo
Com corda de luz
Em sua encruzilhada
Pelas várzeas muertas
Por dolor das trevas
Sua voz rimada
Vida flor brejeira
Morte embusteira
Barro que se faz terra
Em canção Nonada