Me segure não me deixe partir, por favor Não desista de mim não
Me leve não me deixe partir Não, não desista de mim não
Sob olhares, julgamentos, falta esclarecimento Que a doença é um momento de fraqueza
É a rotina dos becos, comércio dos violentos Só há espaço pra que a intolerância cresça
São várias histórias de uma mãe que chora Pela vida que é ceifada de um filho teu
Rezava horas e horas por um barulho de porta Indicando que a noite acabara bem
Me segure não me deixe partir, por favor Não desista de mim não
Me leve não me deixe partir Não, não desista de mim não
Quando você adentra a porta, tento esconder o fato Que em claro eu chorei a noite inteira
Se você pensa que é fácil não lembrar do passado De criança que ia comigo na feira
Mal você me olha, seu rosto não cora Mesmo com todo esse escândalo eu te quero bem
É sempre a mesma prosa, conversa dolorosa Num abraço quase sempre me pedindo vem
Me segure não me deixe partir, por favor Não desista de mim não
Me leve não me deixe partir Não, não desista de mim não
Com o bolso do avesso muitas vezes esqueço Que possuo um lar
Só me basta um tropeço, e o fogo do desejo Já vem me queimar Desculpe mãe, mas caí mais uma vez
Desculpe mãe, eu prometi mas escravo ela me fez
As horas percorrem o espaço, mostram o vazio dos meus traços O sol vai raiar
A noite que durou pouco, emendo um dia no outro O espelho a rabiscar
Abro a porta e vejo a minha sagrada chorar Abro a porta e vejo a minha sagrada chorar