Ainda to de tanque cheio, acionei o nitrogênio,
o ronco é sinistro, registro, no talo ponteiro
Eu e meus parceiros, ta com medo porque veio,
não cheguei primeiro, nem vou ser o último mensageiro
Depois vem mais pra nós, mais ligeiro e mais veloz,
se não tiver, após as pedras vão soltar a voz
Sou o porta-voz, eu creio, o fiel escudeiro,
envolvido até o osso na missão do cordeiro
Meu chamado é pra rima, vou pra cima, to afim,
meu cajado, meu legado, to no rap até o fim
Pro mestre é assim, minha resposta é sempre sim,
coração arrependido ao contrário de Caim
Não sou merecedor, pelo amor, quem dera de mim,
mas se me pões aqui, é nóis que ta então vim
Por falar com os excluídos a sociedade me excluiu,
me marginalizou, aí nego, o que pego, tiu
Tentaram rotular, é ou não é secular,
quem sabe é sábio é rap e não conto do vigário
Muitos confundiram quando ouviram pelo rádio,
nos debate, nem discuto, é Ao Cubo o legionário
Contudo, não julgo, sou Vulgo Feijão,
o aluno repetente que aprendeu a lição
Mas sempre tem uns bico, que não entende né jão,
diz que não é de coração, que é tudo por cifrão
Pergunta lá pros ex-febem qual foi a missão,
faria de novo por amor, não emoção
Uma população restaurada pelo seu perdão,
pelo Santo Nome olha aí a multidão
Com o peso do chamado, missionário bicho solto,
vou cumprir minha tarefa que me resta bem pouco
São milhares de vidas, diamante embrutecido,
vou Te conhecendo e Te fazendo conhecido
Se é missão Trilha Sonora e Ao Cubo,
eu desejo que esse rap se propague para mundo
Se é missão, muita paz, muito amor,
quem trabalha com coragem será sempre vencedor
Trilha Sonora e Ao Cubo começando a fusão,