Contemplando o infinito
Busco no amargo e no pito
Alento à alma chirua.
E em calmas ``noites de prata´´
Faz galanteios para a lua.
Parece que ela me entende
E lá no céu se desprende
Pra banhar-se nas aguadas
E assim acalento as mágoas
Vendo no espelho das águas
A imagem da minha amada.
Em noites de lua cheia
Minha paixão incendeia
Quando ela me faz achego
Em delírios me desmancho
Abro a janela do rancho
Ela vem pros meus pelegos
Mas sutil, de vagarinho
Vai fugindo do meu ninho
Espiando por trás dos montes
Parte sem dizer adeus
Deixando os carinhos meus
Pra repousar no horizonte.
Fica o céu um negro manto
Cai a chuva do meu pranto
Em noites de lua nova.
Suplico e faço promessa
Pra ``Cheia´´ voltar depressa
E minha paixão renova.
Por entre nuvens ligeiras
Ela volta sorrateira
A me bombear na janela.
Para a MUSA predileta
O campeiro se faz poeta
Num canto de amor pra ela