Letra de
Mundo do Avesso

Vejo o mundo do avesso
Liberdade não tem preço
Mas a fome que me invade
Contradiz-me na vontade
De ser o melhor que posso
No que faço, até ao osso
Ser rastilho e amizade
Amor que brilha, amor de verdade
Tenho meeedo
Há quinhentas noites que tenho medo
Que o sol desista de nós
E deixe de vir manhã cedo
Vejo o mundo do avesso
Nem tudo tem um recomeço
E a água já vem tarde
Se a cidade em chamas arde
Tenho sede
Há quinhentas noites que tenho sede
Tu e eu temos de ser mais
Que peixe-preso numa rede
Vejo o mundo do avesso
E só nesse abraço esqueço
O desassossego de ir à pressa
A vida toda, como promessa
Tenho frio
Há quinhentas noites que tenho frio
O amor tem de ser mais
Que uma noite, um desvario
Tenho fome
Há quinhentas noites que tenho fome
O nosso laço tem de ser mais
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