Andando pelas ruas eu não vejo motivos
para seguir, para sorrir
Fazer o mundo girar para que
Trabalhar com afinco e nada acontecer
só meu lado para adiantar
meu próprio buraco para cavar
Pensando no mundo não há o que fazer
Por mais que eu grite não há nada a dizer
Só posso sentar e ligar a TV
Achando normal o que não posso entender
Não faz diferença ser ou não ser
Ainda creio no herói que irá nos socorrer
Deixe que nos guie as rédeas e os cabrestos
Já nos são confortáveis, já nos são confiáveis!
Por mais que eu me indigne não paro pra pensar
Lembro das minhas contas volto a trabalhar
Apenas posso ser o tanto que posso ter
Num castelo de areia em que vou viver