No bolso a caneta bic
Na cara, óculos escuro
Pensando no meu futuro
Vou remar pra Moçambique
Se ela deixar de chilique
Juro que volto pra ela
No mar com meu barco a vela
Enfrentando o desmantelo
Pra chegar em Cabedelo
Na porta da casa dela
Do outro lado do mar
Amar é igual aqui
Sofrer é igual a mar sem fim
Sofrer é igual amar sem fim
Penso em passar por Luanda
Depois que deixar Dakar
Quem vive de navegar
O vento é quem lhe comanda
Mas se ela for pra varanda
Gritando meu nego fique
Esqueço de Moçambique
Me aquieto no colo dela
Escrevo um poema pra ela
Com a minha caneta bic