Bê nedito, Benedito, Benedito
Esse é o Benedito,
gente boa do lugar
Mas só que bebe
Já de manhã cedinho
Aprecia um cigarrinho
Toda hora quer fumar
Tempo de frio,
um conhaque bem quentinho
Aprecia um bom vinho
P´ra polir o paladar
Bê nedito, Benedito, Benedito
Mas será o Benedito,
logo aqui bebericar?
P´ra variar,
enchendo a cara de manguaça
Vira e mexe sái à caça
De mulher pra namorar
Pode ser loira, negra,
ruiva ou morena
Chega junto e sái de cena
Leva a moça prá jantar
Mas um belo dia,
Benedito morreu
Foi de cirrose, porque bebeu
Deixou saudades, deixou viúvas
Do bar as contas não foi pagar
Adeus cachaça, adeus mulheres
Que hoje vivem a soluçar
Bê nedito, Benedito, Benedito
Nunca foi rezar na Igreja
Nem tão pouco macumbar
Não quis São Pedro
Abrir o portão do céu
Porque pecou muito e freqüente
Só vivia no bordel
Nem Satanás o deixou
entrar no inferno
porque usava um belo terno
Agora anda a assombrar